VOCÊ É FELIZ NO TRABALHO?

Dizem que se conselho fosse bom ninguém dava, vendia.  Mas o que não falta é conselho por aí… e por aqui…. Conselho do tipo “valorize o que você tem antes que você perca” é um dos que rondam a vida daqueles insatisfeitos profissionalmente porém que não conseguem tomar nenhuma atitude a respeito.  Aprender a gostar do que se tem e agradecer imensamente por isso pode trazer paz interior, porém, dificilmente, isso será real ou duradouro em se tratando da vida profissional.  Trabalhar é importante por nos permitir experimentar, nas diversas relações que se estabelecem, oportunidades para crescer emocional e intelectualmente, além de gerar inúmeras situações nas quais podemos sentir nossos valores se realizarem, como o de sermos reconhecidos, termos poder, status, liberdade, utilidade.  Enfim, sem fazer nenhum juízo crítico quanto à quantidade de horas de trabalho, acredito que trabalhar é gratificante e enobrecedor.  Mas, e leiam “MAS”, esse sentimento de recompensa pessoal pelo trabalho realizado só permanece se o que tivermos escolhido fazer for algo que realmente nos entusiasma, alegra, satisfaz.  Trabalhar em algo que não nos traz nenhum sentimento de alegria, de satisfação, é como perder o paladar porém jantar todo dia um prato diferente: não tem sentido algum.  Escolher o trabalho que faremos por parte ou toda a vida com base no que acreditamos nos trará senso de realização pessoal e é fundamental para que haja motivação frente às adversidades que a vida nos apresenta, indiferente do meio social ou cultural a que pertencemos.  Como disse Nietzsche, “Quem tem um porquê suporta qualquer como”.  Quando percebemos sentido no que fazemos, mesmo que só faça sentido para nós mesmos, aceitamos melhor os desafios e estamos mais dispostos a arcar com os sacrifícios que quase sempre a vida profissional nos exige, como, por exemplo, passar menos tempo com a família do que gostaríamos.  Quem escolhe seu trabalho, sua vida profissional, pensando somente na questão financeira, pode perceber, mais tarde, que não valeu tanto a pena.  E, ainda, pode descobrir que sendo criativo qualquer trabalho pode gerar resultados financeiros satisfatórios, mas nem todo resultado financeiro pode gerar satisfação pessoal.  O ideal é, sem dúvidas, encontrar maneiras de fazer o que se gosta e obter prosperidade financeira com isso.  Mas nunca deveríamos acreditar que conseguiremos nos sentir felizes sem que tenhamos um dia-a-dia de grande satisfação, o que é impossível experimentar com um trabalho enfadonho, entediante, diferente do que sonhávamos para nós mas que, porém, em algum momento passamos a acreditar que o sonho era só sonho e, assim, desistimos de buscar formas de concretizá-lo.  Fazer o que se ama não é conselho barato não, apesar de estar estampado em letras de música e em temas de filmes.  Fazer o que se gosta é questão de sobrevivência da nossa própria felicidade.  Todas as pessoas deveriam tomar decisões de carreira questionando o que realmente querem, que tipo de trabalho realmente trará maior satisfação no curto, médio e longo prazos.  Mas é triste reconhecer que essa não é a realidade da maioria das pessoas, porque as limitações são tantas que transcedem a barreira do racional.  Quantas pessoas sequer acreditam que têm direito de escolha… Quantas não vêem possibilidade alguma diante de si.   Mas quantas, mesmo com muita dificuldade, persistiram e conseguiram o que desejavam?  Todo o sucesso das nossas metas e objetivos depende, primeiramente, de acreditarmos neles, na nossa capacidade de alcancá-los e no merecimento em usufruirmos do seu atingimento.  Trabalho pode trazer felicidade ou infelicidade.  O que então você decide escolher?  

Lorena Lacerda, 
Master Coach de executivos

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